A viscose foi descoberta em 1891 e patenteada em 1892, mas sua produção só ocorreu em 1905.
A palavra viscose vem do latim “VISCOSUM”
A viscose é uma fibra artificial de origem celulósica – e aqui temos: polpa de madeira, bambu, ramos de algodão, ou qualquer outra fonte de celulose
Para obtenção da fibra é preciso submeter a matéria celulósica a um processo químico:
As lâminas de celulose são submetidas a um banho de soda cáustica a 18% por meio de uma prensa especial, que resulta em uma celulose alcalina.
Depois segue para um tratamento pelo sulfureto de carbono a uma temperatura de 20°C em batedeiras hexagonais.
É formado então o xantato de celulose, um composto sólido, vermelho alaranjado, que se dissolve numa solução de soda à temperatura ambiente, e obtém-se então um líquido chamado viscose.
Segue por um processo de filtragem e maturação.
A matéria fiável passa através das fieiras impelida por bombas volumétricas, e as fieiras estão imersas num banho coagulante de ácido sulfúrico e sulfato de soda em solução.
Na saída deste banho os filamentos sofrem um alongamento consolidando-se assim sua estrutura.
Como características a viscose apresenta boa respirabilidade e troca de umidade com o ambiente, é vegana, biodegradável, não libera microplásticos nas lavagens desde que não esteja misturada com fibras sintéticas.
Os fios são mais finos que os das fibras naturais, tem tendencia ao encolhimento e a formação de pilling (bolinhas), tem baixa resistência quando molhada, e os tecidos produzidos costumam ter caimento fluido.

Pensando em sustentabilidade temos alguns pontos importantes para levar em conta:

ORIGEM: sendo a matéria prima de origem celulósica (polpa de madeira, bambu, ramos de algodão, etc) é super importante verificarmos a sua origem, garantindo que não seja usada na sua fabricação madeira de desmatamento de florestas nativas, e neste caso podemos solicitar o certificado de origem, um dos mais conhecidos é o FSVC – Forest Stewardship Council.
Este selo assegura que as matérias-primas utilizadas por uma empresa não agridem o meio ambiente.
Para adquiri-lo é necessário passar por um processo de auditoria, feito por órgãos competentes.

PROCESSO QUÍMICO: O processo químico para a transformação da matéria celulósica em fibra têxtil é bastante complexo e demanda água e energia, como descrito acima.
E como minimizar este impacto?
As grandes indústrias da área têm tido uma preocupação com o meio ambiente e com os trabalhadores do setor, e estão investindo em tecnologia para que este processo todo seja fechado, os químicos não sejam danosos nem dispensados no meio ambiente.
E mais uma vez a certificação é a única forma de garantir a preservação do meio ambiente e trabalhadores, e hoje a certificação mais aplicada é a OEKOTEX.

A empresa Lenzing é referência no setor, produzindo a fibra ECOVERO, onde é possível rastrear a fibra mesmo depois de processada, como um DNA.
Já encontramos também a viscose certificada nos grandes magazines, e já podemos fazer uma escolha mais consciente, não é mesmo?

Foto: Lenzing group
Fontes: CEFET/SC SENAI